Enquanto alguns negócios fecharam as portas, outros começaram sua trajetória agora, mesmo diante de um período cheio de incertezas, inclusive para a economia nacional.
Para compreender melhor esse cenário, este texto vai abordar a importância das micro e pequenas empresas na economia brasileira, além das expectativas para o setor. Boa leitura!
O que são micro e pequenas empresas?
Antes de falar sobre a relevância das micro e pequenas empresas (MPEs), é preciso entender o que diferencia uma da outra, já que ambas são regulamentadas pela Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, mas possuem características distintas.
Criada em 2006, essa lei tem como propósito proteger ambos os tipos de negócio, regulamentá-los por meio da Constituição Brasileira, contribuir para o desenvolvimento deles, auxiliar na geração de emprego, de distribuição de renda, de inclusão social e na redução da informalidade, garantindo direitos e deveres, e fortalecer a economia.
Na prática, conforme destaca o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), as diferenças, incluindo os microempreendedores individuais (MEI), são as seguintes:
Diferença entre micro e pequena empresa, além de microempreendedor individual. Fonte: Reprodução/Sebrae.
Para fazer valer essa diferenciação, um regime tributário específico, o chamado Simples Nacional, também foi criado especificamente para esses modelos de negócios, proporcionando algumas vantagens, como a redução da carga de impostos e a simplificação dos processos de cálculo e de recolhimento, analisando a receita anual desses negócios.
Importância das micros e pequenas empresas
Para você começar a ter uma clara ideia sobre a relevância das micro e pequenas empresas, saiba que existe até uma data comemorativa referente a elas, o dia 5 de outubro.
A notoriedade de ambos os modelos de negócios ganhou força a partir dos anos 2000 por meio de reformas tributárias, de leis e de estatutos que visavam fortalecer a classe empresarial no Brasil e, de lá para cá, é possível conferir os feitos na economia.
Dados divulgados na página do Sebrae apontam que elas representam 98% do universo empresarial do país e respondem por 27% de toda a produção nacional. Além disso, geram 52% dos empregos brasileiros e correspondem a 40% da massa salarial.
Saindo dos números, isso quer dizer que, na prática, às vezes até mais do que as grandes empresas, são esses negócios que fazem parte do dia a dia das pessoas e colaboram para que muitos brasileiros garantam o “ganha pão”.
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A padaria do seu bairro e uma loja de calçados, por exemplo, ajudam diariamente a fortalecer esse cenário e a impulsionar a economia nacional, promovendo o desenvolvimento social e econômico, buscando inovação, atuando em busca de melhorar o próprio desempenho, diversificando a oferta de produtos e até mesmo investimento em atendimento.
Pandemia vs micro e pequenas empresas
Uma pesquisa online realizada do período de 3 a 7 de abril de 2020, pela Unidade de Gestão Estratégica (UGE) do Sebrae, mostrou quais foram os impactos da pandemia do coronavírus nos micro negócios a partir de entrevistas com 6.080 pequenos empreendedores de todos os 26 estados do país, além do Distrito Federal, sendo que 27.8% deles eram microempreendedores, enquanto 23.4% correspondiam a empresas de menor porte.
Quando a crise se agravou, as ações tomadas pelos empreendedores foram mudar ou não a forma de funcionamento do negócio (realizando entregas online, teletrabalho, rodízio de funcionários, etc), interrompê-lo temporariamente ou fechar o negócio definitivamente.
Já quando questionados sobre o faturamento do empreendimento, se ele vinha ou não sendo afetado pelo coronavírus, 87,5% dos entrevistados responderam que ele diminuiu, resultando em uma queda de 75%.
Retornando aos dados divulgados pelo Sebrae, em 2021 os dois primeiros meses registraram a abertura de 98,1 mil micro e pequenas empresas. O número representa uma queda de 1,7% se compararmos com o mesmo período de 2020, alertando sobre as dificuldades que os negócios estão enfrentando durante o período.
Para tentar alterar e melhorar esse cenário, o governo tem aderido a diversas ações, como oferecer auxílios, proporcionar mais facilidade nos empréstimos e no parcelamento de dívidas e até mesmo redução dos impostos. O objetivo? Continuar fortalecendo e dando suporte para a importância das micro e pequenas empresas que, como já visto, possuem uma participação extremamente relevante para o desenvolvimento do país.
Rever os gastos do negócio pode ser uma forma de superar a crise.
Se o seu negócio está passando por um período delicado, saiba que é possível contar com o apoio da Delta Coworking. Em momentos de crise, talvez uma das soluções mais práticas seja rever as finanças da empresa ao invés de fechar as portas diretamente.
Caso a sua empresa esteja em uma propriedade alugada, por exemplo, ou você vai precisar vendê-la, os espaços de trabalho colaborativos proporcionam não só uma economia financeira, mas também uma maior versatilidade na hora de utilizá-los — o que pode ser bem propício em um cenário onde restrições governamentais estão sendo realizadas.
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