Cinco dicas para evitar problemas em empresas familiares

De acordo com o SEBRAE, de cada dez empresas brasileiras, nove são familiares. O número é impressionante e ilustra bem o quanto esse modelo de negócio é comum no Brasil. A transição entre gerações, porém, costuma ser traumática: apenas 30% das corporações mantidas por famílias sobrevivem quando os descendentes diretos recebem o comando da marca. Na terceira geração esse número é ainda menor: 5%. Empresas tão características têm mecânicas e dinâmicas de trabalho próprias, e ter sucesso em um local de trabalho como esse pode ser um verdadeiro desafio. Separamos cinco dicas para que você torne-se reconhecido em uma corporação com essa característica: Separe bens da família do balancete da empresa: mais do que uma dica, isso é quase uma obrigação para quem não quer confundir a família com a empresa. Dados financeiros que não estão diretamente ligados ao negócio vão criar alterações no controle fiscal ? o que prejudica ao buscar investidores, por exemplo. Mesmo gastos pequenos não devem ser perdoados ? para evitar que valores baixos não se transformem em uma bola de neve. Privilegie a competência, não o parentesco: buscar um sócio que competente e que tenha habilidades complementares às suas também é válido em empresas familiares. Caso isso não aconteça, repense a sua parceira. Isso também vale para contratações e promoções de colaboradores: leve sempre em conta a disposição, a habilidade e o currículo dos funcionários ? e saiba que os mais gabaritados não vão se sentir motivados em prestar serviços em um local onde só entra quem é conhecido de alguém e só é promovido se tiver determinado sobrenome. Formalize contratos e registros: quando a empresa caminha bem, dificilmente existem discordâncias quanto a resultados, metas e assuntos relativos a dinheiro. Quando problemas começam a acontecer, porém, cada situação pode se tornar motivo para muitas discussões. Por isso, formalizar cada passo e acordo por meio de um acordo logo no começo da parceria é fundamental ? e poupa o relacionamento familiar, ainda por cima. Não confundir problemas pessoais com profissionais: muitos que trabalham em empresas familiares já lidaram por situações que confundiam o que acontece em casa com o que deveria ficar no local de trabalho. Para isso, criar regras entre cada um dos elos familiares é uma boa pedida para não confundir o lado pessoal com o profissional.